Peritassa hatschbachii / saputá-azul
Fruto drupa grande (4-5 cm diâmetro), quase esférica, de casca azul-arroxeada escura, tendendo ao negro, muitas vezes com brilho glauco. A superfície apresenta leve aspereza natural e, quando madura, envolve uma polpa espessa, muito doce e saborosa, típica das melhores espécies de saputá, também chamados de bacuparis-de-cipó.
A planta é um arbusto ou trepadeira lenhosa de crescimento vigoroso, totalmente glabra, de ramos lenticelados e folhas opostas, elípticas e consistentes, nativo de florestas úmidas da Serra do Mar. Apresenta inflorescências ramificadas e numerosas flores amarelo-claras (ver foto), seguidas pelos frutos azulados característicos. Adapta-se bem ao cultivo em áreas sombreadas ou de meia-sombra, formando belas touceiras ou trepando quando conduzida.
Usos: Excelente para consumo ao natural, pela polpa muito doce e agradável. O fruto maduro é bastante vistoso, com coloração azul-negra rara entre frutíferas brasileiras. Adequado para colecionadores e apreciadores de espécies nativas incomuns. A planta também possui ótimo valor ornamental.
Cultivo: Prefere terrenos bem drenados, ricos em matéria orgânica e com boa disponibilidade de água. Desenvolve-se melhor em condições úmidas típicas de Mata Atlântica, adaptando-se bem a cultivos domésticos em climas tropicais e subtropicais. Na fase jovem, recomenda-se proteção contra sol direto forte. Reage muito bem à adubação orgânica e ao sombreamento parcial.
Origem: Mata Atlântica sul-brasileira, ocorrendo do Paraná ao sul do Estado do Rio de Janeiro, incluindo áreas montanas da Serra dos Órgãos.
Família: Celastraceae.
Observações: Espécie nativa rara, de grande valor para coleções e para a conservação da flora atlântica. Fruto de aparência singular — um dos poucos saputás de coloração azul-arroxeada profunda.




















