Eugenia pulcherrima / pitangão-cajá ou eugênia-lindíssima

Fruto grande (4-6 cm comprimento x 2,5-3,5 cm largura), de superfície rugosa intensamente alaranjada, com casca finíssima comestível, contendo polpa muito suculenta da mesma cor, de agradável sabor agridoce. São alongados e têm costelas (divisões) pouco visíveis, além de sépalos na extremidade, revelando distante parentesco com o pitangão ou pitangatuba (Eugenia selloi). Em termos de sabor, é menos ácido que este último. Seu formato, textura e cor também lembram um pouco o cajá-mirim (Spondias mombin), razão de seu nome popular.

A planta é uma árvore de porte médio, de tamanho, tronco e folhas algo semelhantes aos da grumixama-preta (Eugenia brasiliensis). Na descrição original publicada no final do século XIX (Kiaerskou, 1893) essa similitude foi apontada, porém mesmo em estado vegetativo E. pulcherrima é facilmente identificável pelos folhas e ramos novos passando de verdes a ferrugíneos, laranja-pilosos (ver foto).


Usos: Os frutos são consumidos ao natural, ou aproveitados da mesma forma que os da pitangatuba. A planta é extremamente bela (o nome da espécie em latim, pulcherrima, quer dizer lindíssima) e deve ser usada em composições paisagísticas que valorizem a beleza de seus ramos novos alaranjados e velutinos.


Cultivo: Na fase inicial é um pouco sensível ao sol, mas logo adapta-se a sol pleno, podendo ser também cultivada à meia sombra. Adapta-se bem a uma diversidade de solos, reagindo bem a adubações frequentes.


Origem: Endêmica do Rio de Janeiro, na Floresta Pluvial Atlântica, onde é bastante rara.


Família: Myrtaceae


Observações: Espécie descrita no final do século XIX, a partir de ramos férteis (com flores), porém sem observação dos frutos. Destes, só se sabia de um relato do saudoso botânico Dimitri Sucre no início da década de 1970, sem que nunca tivessem sido documentados.