Campomanesia lorenziana / superguabiroba-gigante
Trata-se de uma nova espécie de Campomanesia de frutos enormes (7-9 cm), em tudo praticamente idênticos aos da guabiroba-gigante anteriormente conhecida (Campomanesia hirsuta). Ou seja, são arredondados e fortemente achatados nos polos, dotados de sulcos longitudinais; a casca é finíssima, envolvendo uma polpa branca e abundante, muito perfumada, de sabor acidulado. Muito superior ao do cambuci (C. phaea), que apesar de assemelhado, possui certa adstringência (a super-guabiroba não possui “cica”). A planta é uma arvoreta de copa colunar e densa, de altura 2-4 m (veja a segunda imagem). Difere de C. hirsuta pelas flores maiores, e pela folhagem mais rústica.
Usos: Absolutamente divina sob a forma de sucos e sorvetes, adoçados a gosto. No Espírito Santo, começa a ser cultivada em escala comercial, visando a produção de polpa congelada. Da mesma forma que C. hirsuta e C. phaea, proporciona uma excelente geleia de cor rosada. Devido a seu pequeno porte e enorme precocidade (frutifica com apenas 3 anos de idade!!!), é ideal para o plantio em vasos de 40 a 50 litros.
Cultivo: Neste ponto reside sua ampla vantagem sobre a guabiroba-gigante tradicional. Enquanto a última é uma espécie delicada, e sensível a altas temperaturas e umidade baixa, Campomanesia sp. nv. apresenta vigoroso e rápido crescimento tanto em climas tropicais quanto em subtropicais. Também vai bem tanto à meia-sombra, quanto a pleno sol. Destaca-se pela surpreendente precocidade, iniciando a frutificação com cerca de 3 anos de idade. Como se não bastasse, ainda frutifica duas vezes por ano, em dezembro-janeiro e em junho-julho.
Origem: Vales dos Rios Itapemirim e Doce, nos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais.
Família: Myrtaceae.
Observações: Espécie descoberta pelas expedições do Jardim Botânico Plantarum em 2007, rapidamente se tornou uma das mais populares frutíferas nativas da Mata Atlântica. Finalmente, no ano de 2024, foi oficialmente batizada como Campomanesia lorenziana, em homenagem a Harri Lorenzi, fundador do Plantarum.