Eugenia bragae / eugênia-abacate

Fruto arredondado (elipsoide ou ovoide), grande (4-6 cm de diâmetro), de superfície densamente serícea (textura de seda), com casca fina esverdeada (levemente amarelada na maturação), encerrando polpa cor de creme, muito macia e algo cremosa, lembrando abacate com toque mínimo de acidez. Não apresenta qualquer vestígio de adstringência (cica) ou amargor. Na extremidade, apresenta 4 sépalos grandes, de ápice atenuado.  Pertence ao subgênero Pseudeugenia, que contém aproximadamente 25 espécies com frutos grandes e saborosos, de casca fina aveludada, a maioria nativa do Brasil (Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica).

A planta é um arbusto ou arvoreta de até 2,5 m, com tronco marrom-acinzentado, descamando em placas grossas retangulares. A copa é arredondada e densa, com os ramos pendulares chegando a tocar o solo. As folhas são relativamente grandes (10-14 x 4-6 cm), cartáceas, com nervuras laterais um pouco visíveis na face superior.


Usos: Os frutos são consumidos ao natural, podendo ser transformados em sorvete, creme ou suco. A planta tem atributos ornamentais que a qualificam para cultivo em pequenos jardins e vasos.


Cultivo: Espécie rústica, de ótima resistência a ventos e geadas leves. Pode ser cultivada a meia sombra ou sol pleno. Solos bem drenados, ricos em matéria orgânica.


Origem: Endêmica do Rio de Janeiro, na Floresta Atlântica de sub-bosque, em altitudes de 150-200 metros. Muito rara na natureza, sua descoberta é muito recente (2022).


Família: Myrtaceae


Observações: Homenageia o botânico João Marcelo Alvarenga Braga, pesquisador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).