Eugenia superba / cerejão-amarelo ou cereja-amarela-de-niterói

Eugênia de fruto grande, com formato elipsoide a arredondado (c. 4 cm diâmetro), de superfície lisa alaranjada, com casca finíssima comestível, encerrando polpa muito suculenta da mesma cor, desprendendo-se com facilidade da semente. Seu delicioso sabor remete a uma mistura de cereja-do-rio-grande (Eugenia involucrata) e pitangatuba (Eugenia selloi). O ápice dos frutos é coroado por sépalos grandes e a base por bractéolas, ambos persistentes (ver primeira foto).

A planta é uma árvore decídua (perde as folhas durante parte do ano), de formato colunar, com tronco liso passando de marrom-amarelado a avermelhado conforme vai trocando de casca (à maneira de uma jabuticabeira ou goiabeira), atingindo um porte de até 15 m na natureza (certamente será bem menor em cultivo).

E. superba pertence à seção Phyllocalyx de Eugenia (juntamente com E. involucrata e E. minutifolia, dentre outras cultivadas), sendo considerada mais próxima a Eugenia magnibracteolata.

O nome científico da espécie significa excelente ou notavelmente esplêndida, em alusão a uma impressionante reunião de características superiores, tais como tamanho, beleza e qualidade dos frutos e da árvore.


Usos: Os frutos são consumidos ao natural, ou aproveitados da mesma forma que os da cereja-do-rio-grande e os da pitangatuba. A planta é uma árvore belíssima, de tronco muito colorido (passando de marrom-amarelado a avermelhado conforme a época do ano), de porte majestoso. Segundo a descrição original (de 2023), ela está criticamente ameaçada de extinção, e por isso é premente que seja cultivada e utilizada em projetos preservacionistas.


Cultivo: De fácil cultivo, sobre solos bem drenados, adubados periodicamente. De crescimento rápido para uma Myrtaceae. Luminosidade sol pleno ou meia sombra, devendo-se proteger as mudas jovens de luz solar direta.


Origem: Conhecida apenas por pouquíssimos exemplares na região metropolitana do Rio de Janeiro, no município de Niterói. Ocorre em apenas 3 áreas muito limitadas na floresta atlântica de encosta.


Família: Myrtaceae


Observações: De descrição muito recente (fevereiro de 2023), em uma mesma publicação junto com Eugenia delicata, vem causando grande impacto na mídia pela inusitada ocorrência em região amplamente urbanizada, e sujeita a supressão vegetal.