Eugenia macrosperma (=E. velutina) / cambucá-preto

Linda árvore de 3 m de altura, com folhas de formato oblongo-lanceolado, de coloração verde-escura na face superior, enquanto que acobreadas e aveludadas na inferior. Fruto arredondado ou ovalado, vermelho-escuro quase negro, de polpa avermelhada. Sabor levemente acidulado e agradável, semelhante ao da cereja-do-rio-grande (Eugenia involucrata). Pertence à seção Racemosae de Eugenia, mostrando-se estreitamente relacionada a outras saborosas frutas da Mata Atlântica, como E. pruniformis, E. candolleana e E. oblongata.


Usos: A planta tem ótimo efeito ornamental, por sua delicadeza de formas e principalmente pelas folhas cujo verso é dourado (ou acobreado). Os frutos produzem um suco vermelho-rubi de coloração surpreendente. Excelente também a geléia, que adquire esta tonalidade. Não deve faltar em reflorestamentos de Mata Atlântica, por se tratar de planta ameaçada.


Cultivo: Solos bem drenados, em climas tropicais ou subtropicais, à meia-sombra ou pleno sol. Beneficia-se de uma adubação bem balanceada.


Origem: Restinga arbórea do Espírito Santo e Rio de Janeiro, havendo também registros de herbário para o Sul da Bahia.


Família: Myrtaceae.


Observações: Espécie rara, foi citada pela primeira vez como frutífera no monumental “Dicionário das plantas úteis do Brasil”, de M. Pio Corrêa.