Plinia sp. / jabuticaba-lisa-de-pernambuco
Frutos grandes, pouco mais de 3 cm de diâmetro, de coloração negra brilhante, casca lisa e glabra (sem pilosidade), coroados por 4 sépalas persistentes e reflexas (viradas para trás) mesmo quando completamente maduros. A polpa é doce, densa e saborosa, com alto rendimento em função das sementes pequenas e pouco numerosas (geralmente 1–2, raramente até 3 por fruto).
Árvore de copa aberta, baixa e muito ramificada, lembrando em porte algumas jabuticabas-peludas (como as de Pernambuco, de Alagoas, Grimal e cambucá-roxo), mas diferenciando-se facilmente por apresentar frutos de casca glabra e folhas quase planas (em vez de fortemente conduplicadas em forma de canoa). As folhas são verde-escuras, medianamente longas e estreitas, de base arredondada a aguda. As brotações jovens são pilosas, com eixo avermelhado.
Usos: Recém-lançada pelo Sítio E-jardim, reúne os melhores predicados das grandes jabuticabas: polpa doce, sabor marcante e rendimento elevado. É muito resistente ao calor e à seca em comparação a outras variedades, prestando-se também ao cultivo em vasos e pomares domésticos.
Cultivo: Prefere sol pleno, em solos férteis, ricos em matéria orgânica e bem drenados, tolerando alguma umidade no solo. Planta rústica, de fácil manejo, adaptada a climas tropicais e subtropicais. No Sítio E-jardim, cultivada desde 2012 a partir de sementes, frutificou fartamente em 2023.
Origem: Sub-região geográfica do Agreste Pernambucano (transição entre Zona da Mata e Caatinga), a 600–700 m de altitude. Registros históricos indicam que essa área era originalmente coberta por florestas, mas foi amplamente desmatada a partir do início do século XIX para o cultivo de mandioca e cana-de-açúcar.
Família: Myrtaceae.
Observações: Não deve ser confundida com a jabuticaba-peluda-de-pernambuco, variedade semelhante que ocorre no mesmo estado, mas distinta por apresentar casca pilosa, sépalos eretos (não reflexos) e folhas fortemente conduplicadas (em forma de canoa).