Calyptranthes sp. nv. / pau-de-erva-doce ou anis-da-amazônia
Extraordinário arbusto ou arvoreta cujas folhas e frutos (ver foto) exalam forte cheiro de anis, devido à presença da substância anetol. Suas folhas são cartáceas e medem de 12-15 cm de comprimento, e seus frutos diminutos, suculentos e quase negros.
Usos: As folhas e os frutos têm os mesmos usos que outras plantas fornecedoras de anetol (anis). Particularmente apreciamos o chá preparado através da infusão de folhas frescas.
Cultivo: Cresce bem em climas tropicais ou subtropicais amenos, à meia-sombra em solos levemente úmidos e ricos em matéria orgânica. Se exposta à insolação excessiva, suas folhas logo ficam manchadas (pontos escurecidos) e caem.
Origem: Foi coletada uma única vez na Natureza (em 1927) pelo botânico Adolpho Ducke, no Lago Salgado, região do Rio Cuminá (afluente do Rio Trombetas) no Estado do Pará.
Família: Myrtaceae
Observações: Um descendente da coleta original foi introduzido pelo próprio Ducke no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, de onde foram propagadas algumas mudas posteriormente. Foram, a princípio, comercializadas no viveiro do Jardim sob o nome incorreto de Marlierea racemosa. Infelizmente esta matriz veio a perecer há poucos anos atrás.