Mitostemma glaziovii / maracujá-seco-da-mata-atlântica

Espécie de maracujá-seco, inédita em cultivo, sendo disponibilizada pela primeira vez aos colecionadores de frutas. A planta é um arbusto escandente ou trepadeira lenhosa , cujos frutos são bagas globosas ou ovoides, apiculadas (com a extremidade pontiaguda), medindo até 7 cm de comprimento. A casca é amarelo-alaranjada, lisa, rígida e quebradiça, contendo sementes grandes envolvidas por um arilo adocicado. A flor possui pétalas brancas e corola laranja-avermelhada.


Usos: O arilo (polpa) que envolve as sementes pode ser consumido ao natural. A planta é muito ornamental devido a suas belas flores e folhagem graciosa. Presta-se perfeitamente ao cultivo em vasos e pequenos espaços no jardim e no sítio.


Cultivo: Espécie bastante rústica e resistente à seca, deve ser cultivada a meia sombra, em solos bem drenados. Beneficia-se muito de uma adubação bem equilibrada.


Origem: Mata Atlântica, do Rio de Janeiro à Bahia.


Família: Passifloraceae


Observações: Essa espécie foi coletada pela primeira vez por Auguste Glaziou em uma floresta de restinga na região de Cabo Frio (RJ). Apenas duas espécies de Mitostemma são encontradas no Brasil: uma na Amazônia (M. brevifilis) e outra na Mata Atlântica (M. glaziovii). O gênero Mitostemma diferencia-se de Passiflora por apresentar flores tetrâmeras (com quatro pétalas) ao invés de pentâmeras (com cinco pétalas).