Eugenia guapiassuana / cereja-de-guapiaçu ou eugênia-sakurá

Eugênia de fruto grande, com formato de azeitona (c. 4,5 cm x 2 cm), de superfície lisa vermelha a vemelha-escura, com casca finíssima comestível, encerrando polpa muito suculenta alaranjada, firmemente aderida à semente única. Seu delicioso sabor remete às  melhores variedades de cereja-do-rio-grande (Eugenia involucrata), espécie da qual difere por várias características nas flores e nos frutos (ambos muito maiores, as flores róseas e os frutos com indumento marrom-dourado).

A planta é uma árvore decídua (perde as folhas durante parte do ano), de formato colunar, com tronco liso passando de marrom-escuro a marrom-claro conforme muda de casca, lembrando muito o do pau-mulato (Calycophyllum spruceanum). Atinge um porte de até 15 m na natureza (certamente será bem menor em cultivo). Sua exuberante floração, sem folhas e repleta de flores grandes e rosadas, chamam a atenção de qualquer pessoa, havendo quem já a tenha comparado à cerejeira-japonesa (“sakurá”), alcunhando o termo “eugênia-sakurá” para a espécie.

Eugenia guapiassuana pertence à seção Phyllocalyx de Eugenia (juntamente com E. involucrata, E. minutifolia, E. superba, E. selloi, E. luschnathiana, dentre outras cultivadas), sendo considerada mais próxima a Eugenia superba e a E. involucrata.

O nome científico da espécie faz referência ao nome da Reseva Ecológica onde foi encontrada, na bacia do Rio Guapiaçu, estado do Rio de Janeiro.

Usos: Os saborosos frutos são consumidos ao natural, ou aproveitados da mesma forma que os da cereja-do-rio-grande e os da cereja-amarela-de-niterói. A planta é uma árvore belíssima, de tronco muito vistoso e floração exuberante (conforme descrito acima), de porte majestoso. Segundo a descrição original (de 2024), ela está criticamente ameaçada de extinção, e por isso é premente que seja cultivada e utilizada em projetos preservacionistas.

Cultivo: De fácil cultivo, sobre solos férteis, ou adubados periodicamente. De crescimento rápido para uma Myrtaceae. Luminosidade sol pleno ou meia sombra, devendo-se proteger as mudas jovens de luz solar direta.

Origem: Conhecida até o momento por apenas 3 exemplares na região da bacia do Rio Guapiaçu.

Família: Myrtaceae